Os problemas gerados pelo transporte, por meio de esteira, de carvão mineral do Porto do Pecém até a Termelétrica, em São Gonçalo do Amarante, foram abordados pelo deputado Renato Roseno (Psol), durante pronunciamento no tempo de liderança da sessão plenária desta terça-feira (16/06).
Segundo o deputado, durante a visita da Comissão de Viação, Transporte e Desenvolvimento Urbano ao município, na tarde dessa segunda-feira (15/06), foi constatada além da poluição provocada por fuligem de carvão, uma grande poluição sonora gerada pelo funcionamento do equipamento. O parlamentar pediu a paralisação imediata da esteira.
Roseno criticou o uso do carvão mineral que, segundo ele, deve ser encarado como um combustível do passado. “A natureza é uma teia muito delicada e para haver vida sobre a terra é preciso uma conjunção que permite a temperatura adequada. Nós aqui no Ceará estamos atraindo equipamentos que já eram denunciados no século XIX. De cada tonelada de carvão queimado são liberados 4.5 toneladas de dióxido de carbono, sem contar enxofre e chumbo”, explicou.
De acordo com o deputado, as doenças provocadas pelo carvão mineral já são conhecidas pela literatura médica há mais de cem anos. Roseno também criticou o valor do investimento. “Foram R$ 200 milhões para construir uma esteira de 16 km para tirar o carvão do porto e levar à termelétrica e já temos a segunda esteira e já se fala na terceira. Ao contrário do ramal ferroviário, as esteiras foram construídas sobre os campos de dunas, onde lá existem casas que respiram pó de carvão. A lagoa de abastecimento está contaminada com pó de carvão”, denunciou.
Ainda segundo o deputado, durante a visita, a Comissão ouviu dos próprios moradores os problemas que eles têm sofrido. “Nós vimos as casas das pessoas. Elas não estão mentindo sobre os seus problemas respiratórios. Teve morador que já perdeu pulmão. Tem moradores das distintas gerações que reclamavam de problemas no pulmão, além da água contaminada”, disse.
Renato Roseno lembrou que a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) embargou a operação da esteira a pedido do Ministério Público Federal (MPF), mais os serviços ainda continuam em andamento. “O que precisamos é que essa esteira pare seu funcionamento já. Caso contrário, as pessoas e o SUS é quem pagarão a conta”, pontuou.
DF/CG
Roseno pede imediato embargo da esteira que transporta carvão no Pecém
Os problemas gerados pelo transporte, por meio de esteira, de carvão mineral do Porto do Pecém até a Termelétrica, em São Gonçalo do Amarante, foram abordados pelo deputado Renato Roseno (Psol), durante pronunciamento no tempo de liderança da sessão plenária desta terça-feira (16/06).
Segundo o deputado, durante a visita da Comissão de Viação, Transporte e Desenvolvimento Urbano ao município, na tarde dessa segunda-feira (15/06), foi constatada além da poluição provocada por fuligem de carvão, uma grande poluição sonora gerada pelo funcionamento do equipamento. O parlamentar pediu a paralisação imediata da esteira.
Roseno criticou o uso do carvão mineral que, segundo ele, deve ser encarado como um combustível do passado. “A natureza é uma teia muito delicada e para haver vida sobre a terra é preciso uma conjunção que permite a temperatura adequada. Nós aqui no Ceará estamos atraindo equipamentos que já eram denunciados no século XIX. De cada tonelada de carvão queimado são liberados 4.5 toneladas de dióxido de carbono, sem contar enxofre e chumbo”, explicou.
De acordo com o deputado, as doenças provocadas pelo carvão mineral já são conhecidas pela literatura médica há mais de cem anos. Roseno também criticou o valor do investimento. “Foram R$ 200 milhões para construir uma esteira de 16 km para tirar o carvão do porto e levar à termelétrica e já temos a segunda esteira e já se fala na terceira. Ao contrário do ramal ferroviário, as esteiras foram construídas sobre os campos de dunas, onde lá existem casas que respiram pó de carvão. A lagoa de abastecimento está contaminada com pó de carvão”, denunciou.
Ainda segundo o deputado, durante a visita, a Comissão ouviu dos próprios moradores os problemas que eles têm sofrido. “Nós vimos as casas das pessoas. Elas não estão mentindo sobre os seus problemas respiratórios. Teve morador que já perdeu pulmão. Tem moradores das distintas gerações que reclamavam de problemas no pulmão, além da água contaminada”, disse.
Renato Roseno lembrou que a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) embargou a operação da esteira a pedido do Ministério Público Federal (MPF), mais os serviços ainda continuam em andamento. “O que precisamos é que essa esteira pare seu funcionamento já. Caso contrário, as pessoas e o SUS é quem pagarão a conta”, pontuou.
DF/CG