Ele citou como exemplo o projeto de revitalização da orla da Barra do Ceará e Pirambu, iniciado primeiro que o de reurbanização da avenida Beira Mar. “Governar é você fazer opções. Eu defendia a engorda da Beira Mar. Mas escolheram começar dando algo aos que não tinham nada. Hoje, quando passamos e vemos a alegria das pessoas do entorno e da população que visita, ficamos satisfeitos com a opção feita”, disse, lembrando que a reurbanização da Beira Mar deve iniciar em 2013, com a pista de rolamento saltando de 12 metros para 80 metros – conforme o projeto. De acordo com o parlamentar, já há recurso em caixa para a execução da obra a partir de janeiro.
Mesquita recordou o episódio da instalação de uma indústria naval na praia do Titanzinho, uma comunidade do bairro Serviluz, dois anos atrás. À época, o governador Cid Gomes defendia o empreendimento no local, enquando a prefeita Luizianne Lins colocava-se contra. “Seria como colocar um vaso sanitário na sala. Fora de sintonia com a realidade”, reforçou o deputado.
Para Roberto Mesquita, foi correto a Prefeitura descartar o estaleiro em prol de um projeto de restauração da área, pois, com o término da obra, o potencial turístico da praia será valorizado. “É preciso que digamos aqui que o Serviluz tem muitas carências. E que a atual gestora deveria ter sido mais ágil em alguns aspectos. Mas a opção de cuidar das pessoas foi acertada. Todo o litoral, num futuro próximo, será interligado. Quando se fizer isso, teremos uma das mais belas orlas do mundo. Serão mais de 30 quilômetros totalmente urbanizados e em harmonia com o que quer o fortalezense”, estimou.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) classificou o Serviluz como “um bairro abandonado por lideranças e poder público”. Ele destacou a possibilidade de a população perder o Campo do Paulista, único espaço de lazer do local. “Quiseram tomar, mas conseguimos salvar a duras penas. É um bairro cheio de problema e carência, dominado por gangues e violência. E a população ordeira, no meio disto tudo, fica aflita. É preciso levar obras, urbanização e segurança. A coisa lá está terrível”, narrou.
BC/CG