Para o parlamentar, há potencial local para ampliar o número de espécies mantidas em aquicultura. Hoje, somente a tilápia, a carpa, o camarão e o tambaqui são submetidos à prática do cativeiro em algumas regiões. “É muito pouco. Em outros países, são 30 espécies”, comparou.
O crescimento de 50% da importação de pescado entre 2005 e 2010 foi destacado por Dedé, que citou também o recuo da chamada pesca extrativa (no alto mar). Por conta do caráter predatório dessa prática, muitas espécies já alcançaram o limite de captura. “O pescado nunca desfrutou de grande prestígio entre os brasileiros. Mas, nos últimos anos, tem ocupado espaço significativo na mesa dos cidadãos. E a aquicultura surge como alternativa importante. Porém ainda estamos dando os primeiros passos”, ponderou.
Na opinião dele, apenas criar secretarias temáticas (em qualquer dos âmbitos administrativos) não impulsiona o setor. É preciso investir de forma maciça. “Hoje, a classe C consome pescado. Ao investir, vamos gerar emprego e renda. Precisamos mobilizar cada vez mais o setor, pressionar mais os governos, incentivar e investir mais nas universidades e instituições de pesquisa. O Brasil tem grande potencial. Mas é preciso que nossos governos enxerguem isso como oportunidade real e sustentável para podermos garantir divisas e trabalho”, argumentou.
BC/CG