Heitor Férrer mencionou notícia divulgada pela imprensa nos últimos dias tratando do envio de R$ 2,2 bilhões pela União ao Estado do Ceará, em 2020, para aplicação direta no combate à Covid-19, dos quais R$ 740 milhões foram realmente direcionados para essa finalidade pelo Executivo estadual. De acordo com a matéria, o restante do valor teria sido aplicado em outras áreas.
“No dia 5 de maio, eu apresentei um requerimento no Departamento Legislativo desta Casa em que eu solicito justamente informações do Governo do Estado sobre a destinação dos recursos recebidos pela União para combate da pandemia e de que forma eles foram usados. Dessa data até o dia de hoje esse requerimento sequer foi pautado”, apontou o parlamentar.
Para ele, não se trata de “politicagem” ou perseguição ao Governo, mas somente do seu papel essencial de fiscalizar as ações do Poder Executivo. “Se eu não sirvo nem para isso, eu não sirvo para estar aqui. E, a partir do momento em que o Poder Legislativo nem pauta esse pedido, ele fica muito mal e perde credibilidade, o que não podemos deixar acontecer em épocas nebulosas como a atual”, considerou.
Heitor Férrer questionou qual seria o temor do Governo do Estado em impedir que esse requerimento seja pautado. “O que estou pedindo é a coisa mais singela do mundo, é um pedido de informação sobre gastos. Quero saber, pelas palavras do Governo, quanto a União encaminhou especificamente para a Covid e como esse recurso foi gasto”, endossou.
O deputado também destacou outro requerimento apresentado, no qual solicita que o Governo do Estado apresente os índices de mortalidade em decorrência da Covid-19 nos hospitais públicos e privados do Estado.
“Quero saber como os cearenses foram tratados nos hospitais públicos, como o poder público tratou a população nas suas unidades, em comparação com o tratamento na rede privada”, salientou Heitor Férrer.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PL) também lamentou que os deputados não estejam conseguindo ter os seus requerimentos aprovados na Casa. “São muitos os requerimentos que perdem o seu sentido e objetivo com a demora para serem deliberados, fazendo com que o mandato também perca com isso”, pontuou.
RG/LF