O parlamentar questionou o valor de 29%, segundo ele, na cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) no Ceará, e afirmou que a taxa do Estado é uma das mais altas do Nordeste. “Esse dinheiro vai para os cofres do Estado. O imposto federal de 13% do PIS/Cofins, diferentemente do estadual, vai tudo para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)”, afirmou.
Delegado Cavalcante ressaltou que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o compromisso de zerar o imposto federal sobre os combustíveis, caso os governadores dos estados fizessem o mesmo. “Se isso acontecesse, o valor da gasolina iria para menos de R$ 3. Não estão dizendo que o Governo Federal é o culpado? Aceitem o desafio”, sugeriu.
O parlamentar atribuiu ainda aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) os prejuízos que a Petrobras teve ao longo dos anos e apontou polêmicas em que a sigla esteve envolvida. “Operação policial do Petrolão, quase afunda a Petrobras; crime de evasão de divisas; corrupção ativa e passiva; desvios de verba pública; enriquecimento ilícito; peculato; formação de quadrilha dentro da estatal”, elencou.
Segundo Delegado Cavalcante, até houve tentativas de redução dos preços dos combustíveis “criando um controle artificial de preços”. O deputado afirmou que a medida enganou a população. “Deram um prejuízo de R$ 97 bilhões à Petrobras”, apontou.
O alto custo dos combustíveis no Brasil, de acordo com Delegado Cavalcante, é deficiência de refinarias no País. Ele observou que o governo da então presidente Dilma Rousseff decidiu construir refinarias. A primeira refinaria foi a de Abreu e Lima, em Pernambuco, “envolvida em casos de corrupção e desvio de R$ 10 bilhões”.
O deputado afirmou ainda que “haverá um levante no Brasil”. “Não tem Supremo Tribunal Federal (STF) no mundo que empate. Vai ter um levante dia 7 de setembro, vocês querendo ou não”, anunciou.
O deputado Soldado Noelio (Pros), em aparte, criticou declaração do governador Camilo Santana de que gostaria de reunir-se com o presidente da República, mas não esteve com Jair Bolsonaro em sua última visita ao Ceará. “O presidente esteve três vezes aqui no Estado e não foi recebido pelo governador”, analisou.
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