O parlamentar lembrou que o fato ocorreu durante confronto entre vendedores e guardas municipais. O feirante, que foi atingido com tiro, foi socorrido, mas não sobreviveu. As investigações ainda estão em andamento. “Sabemos que existe um conflito antigo naquele entorno, que envolve inclusive a legislação urbanista, mas o aparato repressivo para solucionar um problema socioeconômico urbanístico não é a solução”, assinalou.
Renato Roseno explicou que o uso da força repressiva ocasiona mais conflitos e incita a confusão. “Estamos no meio de uma grande crise econômica. As pessoas estão tentando sobreviver. Não podemos ficar usando de força para conter conflitos. A força repressiva é a ausência da linguagem, falta de capacidade de mediação”, ressaltou o parlamentar.
O deputado informou ainda que vai esperar o desenrolar das investigações e a punição do responsável pelo disparo que tirou a vida do feirante. “Não sabemos ainda de onde o tiro partiu. Se ficar provado que foi de um agente, a situação é grave e o cidadão precisa responder”, disse.
Em aparte, o deputado Diego Barreto (PTB) apontou que os guardas municipais estavam fazendo seus trabalhos. “Entendo que existiam pessoas na ocasião que queriam trabalhar para ganhar o pão, mas precisamos entender que os agentes públicos estavam trabalhando também. Conter uma multidão e uma grande quantidade de pessoas é difícil, e não podemos esquecer que os agentes estavam cumprindo com o que foram designados para fazer”, afirmou. A deputada Dra. Silvana (PL) também lamentou a morte do feirante.
GM/LF