Ele citou o relatório “Estado da Segurança Alimentar”, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) esta semana, que cita recuo no índice de subnutridos no Brasil. Esse percentual saiu de 14,9% no começo da década de 1990 para 6,9% no início dos anos 2000. Uma queda de 53,7%. Conforme o estudo, 13 milhões de pessoas ainda passam fome ou sofrem de subnutrição no País.
Dedé Teixeira ponderou que o levantamento não contemplou o reflexo da implementação do programa Brasil Carinhoso (complementar ao Bolsa Família na transferência de renda a famílias carentes), em julho último. Conforme ele, 8,7 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema em decorrência dessa iniciativa. “É uma redução importante que ainda não foi contabilizada. O Brasil se consolida como referência em programas sociais”, pontuou.
Para o parlamentar, há condições de a presidente Dilma Rousseff erradicar a pobreza extrema até 2014, como prometeu na campanha de 2010. “Se não eliminar completamente, será a um ponto considerado residual”, sublinhou, enaltecendo as análises positivas feitas por especialistas a este tipo de política inclusiva.
O deputado também comentou a condenação de José Dirceu e José Genoino, no processo que apurou o caso popularmente como “Mensalão”. Ele solidarizou-se com os correligionários. “(A condenação) Faz com que repensemos uma série de questões colocadas pela mídia. Quero me solidarizar com os dois, que ajudaram a construir nosso partido”, disse.
Por fim, Teixeira destacou o papel da agricultura familiar no combate ao aumento da inflação que subiu quase 10% em 12 meses, em decorrência do preço dos grãos e legumes. “Quanto mais batata e arroz nos supermercados, menos a inflação corroerá o bolso dos brasileiros. Se reforçar a política da agricultura familiar mais do que está sendo reforçada, combateremos o mal pior que é a inflação”, explicou.
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