Roseno pontuou que sua luta é pela ampliação dos efetivos. Ressaltou que uma boa rede pública de ensino vai ter uma maioria substantiva de professores efetivos e, necessariamente, terá temporários para as situações de licença dos efetivos. “Há, inclusive, um desequilíbrio na nossa rede. Temos um número de temporários que chega a quase 50%, igualando-se ao número de efetivos”, adiantou.
Deverá haver uma ampliação da carga horária, segundo o parlamentar, pois em razão da pandemia, houve uma alteração que demanda reenturmação, rodízio e abertura de novas salas. “Se a possibilidade de retorno cumprir os protocolos de distanciamento entre os alunos, precisaremos de novas salas, e novas salas pressupõem mais professores”, afirmou.
Roseno salientou que a demanda dos professores temporários é para saber o calendário da próxima seleção. Informou que faltam 160 professores para completar o quadro de 2.500. “Quero aqui me solidarizar a esses professores e reivindicar à Seduc que dê conta dessa demanda dos professores temporários”, acentuou.
O deputado também comentou a saída do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, classificando-o como o “mais incompetente, irresponsável e criminoso” dos ministros que já ocuparam aquela pasta. Renato Roseno destacou que o ex-ministro mergulhou o Brasil numa situação de crise ambiental, desmontou órgãos de fiscalização do meio ambiente e flexibilizou a legislação ambiental.
Na avaliação do parlamentar, o pedido de demissão do Ministério foi um estratagema jurídico, tendo em vista que ele estava em vias de ser preso no inquérito que tramita contra ele no STF. Renato Roseno criticou ainda o aparelhamento da Polícia Federal, assinalando que o delegado que requereu o indiciamento do ex-ministro foi exonerado do cargo, e afirmou que o substituto de Salles “é tão ruim quanto ele”. “Felicito a queda, mas não tenho otimismo que a política vai mudar, porque não vai, infelizmente”, lamentou.
Renato Roseno também criticou o Governo Federal pela compra da vacina Covaxin por um valor 1000% mais alto e ressaltou ser preciso proteger o servidor público, que fez a denúncia de que foi pressionado a fechar essa compra. “É um escárnio contra a saúde pública e o dinheiro do povo. Um desrespeito que precisa ser profundamente investigado. Quem foi que deu a ordem, quem foi que se beneficiou e por que o presidente da República, ao tomar conhecimento disso, nada fez?”, questionou.
Em aparte, o deputado Elmano Freitas (PT) disse que o ex-ministro Ricardo Salles operava de forma evidente contra o meio ambiente, emitindo parecer para liberar madeira ilegal. “Como se não bastasse, ele vai até o local onde a madeira está apreendida. E o delegado da Polícia Federal abre contra ele um inquérito, para investigar. No Governo Bolsonaro, em vez do delinquente se explicar, o delegado é exonerado”, comentou.
Para Elmano, a situação demonstra que o discurso contra a corrupção era “apenas propaganda para fazer disputa política”. “No governo Bolsonaro, não podemos esperar proteção do meio ambiente. Só temos uma solução que é derrotar o Governo Bolsonaro, para que o País tenha minimamente um debate sobre política ambiental”, pontuou.
BD/AT