O parlamentar ressalta que o Ceará está em estado de calamidade público, decretado pelo Governo do Estado com aprovação da Assembleia Legislativa, enquanto parlamentares lutam para conquistar uma renda básica para que a população possa sobreviver a estes tempos.
“Nada justifica gastar R$ 116 milhões em um estado com 5 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema. É fazer farra com o dinheiro público”, argumentou.
Segundo Heitor, o trecho percorrido pelo bondinho será de 2,1 km, “algo que uma jardineira faz com muita tranquilidade”. “Se é pra turista, porque nao comprar um ônibus turístico, e usar o restante do dinheiro com coisas mais urgentes?”, questionou.
Em aparte, o deputado Soldado Noelio (Pros) considerou que o povo não consegue compreender estarmos em situação de calamidade pública, lutando por auxílio emergencial, enquanto o governo anuncia esse tipo de obra. “É o tipo de decisão que fragiliza outras decisões importantes que o Governo deve fazer, pois gera desconfiança na população”, defendeu.
Já o deputado Salmito (PDT) lembrou outras obras que também foram questionadas por parlamentares no passado, como o açude Castanhão, mas que se mostraram de fundamental importância para a população em tempos futuros. Segundo Salmito, o bonde elétrico, assim como o Acquário, é o tipo de investimento “que se paga”.
“O turismo é um dos grandes setores na nossa economia, e além de os equipamentos voltados para esse segmento terem a capacidade de se pagar, ainda gera emprego e renda para a população, que é o que também estamos precisando nesse momento”, disse.
PE/LF