“Estão politizando a pandemia. Estão tomando decisões verticais, sem conversar com a população, sem comprovação científica das coisas que estão afirmando, criando protocolos absurdos”, afirmou.
O parlamentar citou a manifestação dos donos de estabelecimentos como bares e restaurantes que acontece em frente à Assembleia Legislativa hoje, e reafirmou que a população não tem culpa pela situação. “São mais de seis mil estabelecimentos na Capital e 20 mil no interior do Estado, e pelo menos 40% deles fechou durante o lockdown do ano passado. Alguma coisa precisa ser feita pois são milhares de empregos que são perdidos”, disse.
O deputado Soldado Noelio (Pros), em aparte, salientou que a oposição ao Governo não é negacionista, mas que é preciso haver um diálogo com os trabalhadores dos estabelecimentos. “Se o governador quer proibir as pessoas de trabalharem, e que fiquem em casa, tem que dizer o que está fazendo para garantir as necessidades básicas da população”, disse.
Já o deputado Tony Brito (Pros) se colocou à disposição, na tentativa de fazer uma mediação com o governador do Estado e buscar alternativas para a situação.
O deputado Júlio César Filho (Cidadania), líder do Governo na Casa, por sua vez, informou que a prioridade do Governo é salvar vidas. Ele atenta para a possibilidade de haver uma nova variante do vírus em circulação, com maior transmissibilidade, e a alta de contaminações em Fortaleza e Região Metropolitana.
“É preciso agir com muita cautela nesse momento e, certamente, haverá críticas. Vamos ouvir os manifestantes e esperamos encontrar soluções imediatas, mas as medidas tomadas pelo Governo do Estado são necessárias, embasadas cientificamente, e apesar de impopulares, são importantes para preservar a vida da população”, salientou.
PE/AT