Delegado Cavalcante ressaltou o papel que as facções têm tomado para si nos municípios cearenses, funcionando como um “Estado paralelo”. “Eles fazem até a segurança dos municípios ou bairros, como é o caso de Fortaleza, proibindo a entrada de crack, de roubos, assaltos, exercendo controle total dos territórios com armas pesadas, inclusive controlando quem entra e quem sai”, explicou.
Essa dinâmica, ainda de acordo com o deputado, pode afetar as eleições municipais, com os membros das facções exercendo grande influência sobre os candidatos. “Já sabemos de acordos entre candidatos às câmaras municipais e a prefeituras de diversos municípios e as facções para poderem atuar mais livremente”, afirmou.
Para Cavalcante, um plano que integrasse todas as forças de segurança seria ideal para dirimir a atuação dos grupos criminosos. Segundo ele, o governador Camilo Santana deveria dar mais atenção ao tema, pois a influência desses grupos no interior do Estado pode prejudicar a candidatura dos membros do grupo político dele.
Em aparte, o deputado Tony Brito (Pros) também reforçou a necessidade de um plano de segurança, mesmo reconhecendo avanços. “Conquistamos algumas coisas, mas tem que melhorar muito ainda. A situação de Caucaia, por exemplo, está insuportável”, lamentou.
A deputada Dra. Silvana (PL) também elogiou a coragem de Delegado Cavalcante de trazer o tema para a tribuna. “Concordo com seu pensamento e o apoio. Tenho certeza que o povo reconhece o trabalho de todos os parlamentares que trabalham para garantir mais segurança para nosso Estado”, disse.
PE/AT