Ele garantiu que um partido, não informou qual, entrará com uma representação no Conselho de Ética da AL para investigar as acusações que foram trocadas entre os dois parlamentares na ocasião.
De acordo com André Fernandes, foram feitas acusações sem provas pelos dois parlamentares, e estas precisam ser apresentadas. Ele considerou que algumas das acusações consistem em “crimes eleitorais gravíssimos, que podem motivar a cassação de deputados”.
O deputado lembrou situação semelhante que enfrentou em julho de 2019, na qual realizou acusações contra o deputado Nezinho Farias (PDT), igualmente sem provas, e pela qual foi denunciado ao Conselho de Ética da Casa e está sujeito, até hoje, de acordo com ele, a uma possível suspensão de 30 dias.
“É a mesma situação pela qual passei. Aprendi minha lição com o que aconteceu ano passado, e não desejo uma suspensão para nenhum parlamentar. Mas entendi também que precedentes como esses não devem ser abertos”, explicou.
Em aparte, o deputado Vitor Valim (Pros) concordou que o que aconteceu entre os dois parlamentares nesta semana foi ainda mais grave que a situação envolvendo André Fernandes e Nezinho Farias no passado.
“Dessa vez foi dentro do plenário, na Mesa Diretora. Acho que ambos devem ser advertidos para que possamos, enquanto representantes do povo, seguir divergindo, mas com respeito”, disse.
O deputado Fernando Hugo (Progressistas) também se manifestou, e considerou que a AL não deve ser exposta. Ele informou que na situação passada, houve uma denúncia contra André Fernandes, e na atual, ainda não houve. “A AL só pode se manifestar após haver uma denúncia formalizada. Não devemos expor a AL por conta de algo que nem foi feito ainda”, respondeu.
Já o deputado Antonio Granja (PDT) entendeu que André Fernandes “se precipitou em sua cobrança”. Ele lembrou que nenhum parlamentar nunca foi suspenso por 30 dias, nem quando a situação foi solicitada apenas uma vez no passado.
PE/AT