De acordo com o parlamentar, os índices de pacientes com depressão, ansiedade, transtornos e doenças mentais genéticas só aumentam no Estado, resultando muitas vezes em suicídios.
“No Ceará, duas pessoas se suicidam por dia, totalizando mais de 700 pessoas por ano. E isso nos faz questionar por qual motivo não estamos conseguindo evitar tantas mortes, se temos toda uma rede de apoio formada por hospital mental, unidades de tratamentos conveniadas, centros de apoio e atendimento psicossocial, além das casas de apoio a pacientes psiquiátricos”, salientou.
Para o parlamentar, a maior dificuldade está no financiamento do sistema, uma vez que a união congelou os investimentos em saúde e estados e municípios também diminuíram os recursos para a área. “Este debate busca uma solução, por meio do Conselho Estadual de Saúde, para rever estes investimentos e cobrar das gestões municipais e estadual. Os hospitais psiquiátricos estão atendendo o percentual mínimo? Não sabemos sequer quanto de recurso vai ou para onde vai”, reclamou.
Carlos Felipe ressaltou ainda a importância do atendimento ágil e tratamento do paciente na sua região. “Um paciente que procura o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) chega a esperar quatro meses por uma consulta. Para alguém que tentou suicídio, isso é muito grave, pois o primeiro mês após a tentativa é o mais crítico. Além disso, é recomendado que o mesmo seja tratado na sua região e, em casos de internação, com leitos especializados”, avaliou.
Em aparte, a deputada e presidente da Comissão de Saúde, Dra. Silvana (PL) informou que membros do colegiado realizarão uma visita ao Hospital de Saúde Mental de Messejana para verificar o que está pendente. “Estamos fazendo o nosso papel de fiscalizadores e apontaremos soluções para melhorar esse atendimento”, afirmou.
LA/LF