Carlos Felipe comentou um discurso realizado por João Goulart em 1964, que, segundo ele, foi um dos estopins para a intervenção militar. “Entre as coisas que ele declarava, estava a importância da correção das injustiças sociais, da desigualdade, da miséria, possibilidade e implantação de uma reforma agrária, taxação das grandes fortunas, que, como percebemos, se repetem na nossa atualidade”, observou.
O deputado criticou causadores dos problemas apontados. O neoliberalismo, segundo ele, promove uma nova escravidão, por meio da “uberização” dos trabalhadores, mantendo-os ativos sem nenhum direito trabalhista garantido.
Carlos Felipe comentou ainda sobre a obra de transposição do rio São Francisco. Ele informou os recursos que chegaram este ano ao Ceará para as obras ainda estão em R$ 27 milhões. Ele lembrou que, nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, os recursos anuais eram da ordem de R$ 200 milhões. “Esse governo não nos manda nem 15% do que mandavam os governos anteriores”, criticou. Ele condenou o atraso, e pediu uma reflexão sobre o tratamento que o Ceará recebe do Governo Federal.
O deputado Queiroz Filho (PDT), em aparte, também comentou o processo de “uberização” dos profissionais e ressaltou que não critica o trabalho, mas o tratamento dado aos trabalhadores. Ele disse que solicitou a realização de uma audiência pública para tratar o assunto.
PE/AT