A parlamentar informou que tomou posse como Procuradora Especial da Mulher no dia 15 de março deste ano e, desde então, o órgão vem promovendo encontros, entrevistas, debates, sempre tendo como foco a defesa dos direitos da mulher e sua participação na sociedade.
Uma das atividades promovidas pelo órgão é o "Papo com Mulheres", roda de conversa com nomes de referência na questão dos direitos das mulheres. A primeira convidada, conforme Augusta Brito, foi a professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e blogueira Lola Aranovich, vítima de campanha cibernética difamatória e cujo caso inspirou a Lei Lola.
A procuradoria também realizou o lançamento do livro "Revolução Laura", com a participação da autora Manuela D’ávila. “Ela foi candidata à vice-presidência nas últimas eleições e também foi vítima de fake news, tema que debatemos bastante nesse encontro”, lembrou.
Augusta Brito disse também que a procuradoria visitou a rede de enfrentamento à violência contra a mulher de muitos municípios, como Pacatuba, Maracanaú e Sobral, assim como a Casa da Mulher Brasileira, cuja inauguração comemorou um ano em junho e foi celebrada em sessão solene na Assembleia Legislativa, no último dia 26.
Sobre mandato, Augusta Brito destacou a tramitação de um projeto de lei de autoria dela, que cria a Semana Ana Pitaguary, a ser celebrada nas escolas indígenas do Estado.
A ideia, conforme observou, é levar o debate sobre Lei Maria da Penha, feminicídio e assédio sexual para as escolas indígenas, “uma demanda que veio da própria população indígena, visto o crescente número dos casos de violência dentro das próprias aldeias”.
Entre as ações a serem realizadas pelo mandato, está programada uma audiência pública em São Benedito para discutir a possibilidade de perda de território do Ceará para o estado do Piauí.
“A ideia é nos prepararmos para outro debate que haverá na AL em agosto, mas, dessa vez, queremos reunir vereadores dos municípios atingidos, assim como deputados também, para coletarmos argumentos para debatermos no momento certo para o Piauí”, frisou.
A perda desse território, segundo ela, implica perda da população do Estado, e também do senso de identidade da população afetada pela mudança. “Temos muitas atividades programadas para próximo semestre, então espero poder contar com o apoio dos parlamentares em todas essas questões de suma importante para as mulheres, mães, trabalhadoras, e para toda a população cearense”, disse.
PE/AT