Audic Mota informou que tratou da problemática com o secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista. Segundo Audic, o secretário assegurou nos próximos dias o secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, vai entregar um modelo de decreto ao gabinete do governador para que se inicie, a partir do Executivo, a alteração da forma de pensar alguns pontos. Entre estes, citou a gestão das Policlínicas, eleição dos consórcios, e da prestação da saúde pelo Estado na nas Policlínicas e Centro de Especialização Odontológica (CEOs).
“Não podemos aceitar que esse modelo de gestão, de eleição e de prestação, que está sendo tão criticado e levado ao debate deva continuar da forma como está”, observou. “Se este modelo não está conseguindo responder em muitas questiúnculas, tem que ser revisto”, avaliou.
Audic disse que há estudos apontando para critérios meritórios no posicionamento do Estado em relação a eleição. O parlamentar informou que a presidente da Comissão de Saúde da AL, deputada Dra. Silvana (PR) agendou para a próxima semana, por iniciativa dele, uma audiência pública para debater a questão dos consórcios.
“Quero muito acreditar que essa audiência vai ser o ponto inicial para que possamos efetivamente, legislando e debatendo, aprimorar esse modelo, que é de sucesso. Mas não devemos parar, temos que evoluir. Faremos um momento que vai impactar na alteração que a Casa deve fazer sobre os consórcios”, afirmou, cobrando a presença da Secretaria da Saúde.
Audic Mota sugere que seja feito um modelo único de gestão em todas as Policlínicas nos consórcios de saúde e o diálogo entre os consórcios. “Precisamos evoluir criando padrões únicos”, propõe.
O parlamentar disse que tem conversado com vários deputados e percebeu que é grande a preocupação com o atual modelo. Além disso, relatou que alguns prefeitos cogitaram a saída de seus municípios dos consócios. “Não podemos perder esse momento, em que esse debate aflora em função das eleições e das possíveis alterações de consórcio”.
Em aparte, o deputado Marcos Sobreira (PDT) afirmou que o tema é uma das maiores preocupações que se tem no Estado. Segundo ele, o atual modelo em muito melhorou, mas defendeu a importância da audiência para estabelecer critérios. “É muito pertinente, precisamos regularizar. As diretorias de consórcios recebem quase R$ 13 mil por mês e, ao meu ver, esse consórcio está falido”, avaliou.
A líder do PR, deputada Dra. Silvana, que preside a Comissão de Seguridade e Saúde da Casa, falou que ainda está construindo a visão sobre os consórcios, mas entende que o modelo precisa aprimorado. “O modelo não está funcionando e, se não está funcionando, vamos mudar o modelo. A comissão está a serviço da secretaria para ajudar a consertar”, disse.
Na mesma linha se manifestou o deputado Evandro Leitão (PDT), ao defender que o modelo deve ser revisto pelo Estado. “Da forma como está sendo, forte viés político termina prejudicando”, ponderou.
LS/LF