O parlamentar lembrou que no Ceará, 44,8% da população vive com renda de R$ 20 por dia, e que lamenta que o Governo do Estado precise de políticas públicas como o Programa Mais Infância, que entre suas ações, concede o valor de R$ 85 por mês para famílias com crianças menores de seis anos de idade.
Heitor Férrer ressaltou que jamais seria contra uma política pública como o Programa Mais Infância, pois nunca votaria contra algo que incrementasse a renda dessas famílias. “Eu jamais votaria por negar um alimento a mais a quem passa fome. O momento em que estamos exige isso. Mas esse tipo de política é a prova da nossa péssima formação ao longo dos anos, pois apesar de termos aumento no PIB cearense, nosso povo continua precisando de muita coisa, como o Bolsa Família, que ainda é necessário em tantos municípios”, explicou.
Para o deputado, a forma de se igualar a distribuição de renda se faz com políticas públicas e a capacitação da população é uma das principais ferramentas. “Nossas riquezas continuam concentradas na mão de quem já têm. Sei que o Governo do Estado vem investindo na educação e temos tido boas notas nas avaliações do ensino público do Ceará. Quando reclamo da distribuição de renda é porque desejo que as gerações futuras tenham um destino melhor que a atual”, afirmou.
Em aparte, o deputado Walter Cavalcante (MDB) ponderou que é evidente que, pelo governador Camilo Santana, as famílias não precisariam receber este tipo de apoio. Porém, para Walter, o Camilo vem trabalhando em outras políticas que transformarão o futuro, como a própria educação.
“Quando se abre uma escola em tempo integral ou uma creche, é para garantir o futuro daquela criança. É por meio da educação de qualidade que qualificaremos o cearense. Mas enquanto não tivermos um presidente que taxe as grandes fortunas, teremos uma distribuição de renda injusta”, opinou.
LA/LF