De acordo com ele, mesmo com todos os avanços alcançados na garantia de recursos hídricos para aqueles que convivem com a seca, ainda não foi apresentada nenhuma ideia que permita que o sertanejo e as localidades do sertão nordestino se tornem economicamente sustentáveis.
O parlamentar afirmou que o seu gabinete está reunindo técnicos de órgãos competentes, como as universidades e a Embrapa, para discutir e construir uma proposta. “Em maio pretendo trazer essa proposta à Casa, e, se for viável, o Poder Executivo pode assimilar e transformar essa ideia em um programa de governo”, disse.
A proposta, conforme observou, deve considerar o fenômeno da seca como uma realidade da geografia local. “A construção social e econômica do nosso semiárido não considera a seca como uma realidade. Avançamos muito no sentido de conter os efeitos da seca, mas esses avanços ainda não apresentaram uma oportunidade produtiva para o sertanejo”, frisou.
Salmito lembrou programas assistenciais como o Bolsa Família, que, segundo ele, impactaram positivamente as economias dessas localidades afetadas pela seca, no âmbito do consumo. Da mesma forma, ainda conforme o deputado, gerar oportunidade na perspectiva da produção pode impactar tanto no consumo quanto gerar sustentabilidade econômica, fazendo com que os trabalhadores do sertão participem da economia do Estado.
Ele considerou as experiências existentes no vale do rio São Francisco, onde se produz uva para exportação, “mas é algo que depende muito da água”. “Quem sabe daqui a dez ou trinta anos possamos iniciar um projeto voltado para a fruticultura com a transposição do São Francisco, mas precisamos nesse momento de medidas de curto prazo”, afirmou.
PE/LF