Segundo o parlamentar, representantes de conselhos, sindicatos e associações de médicos produziram uma nota conjunta, informando que não participaram da elaboração da medida e que tem inúmeras críticas e sugestões para melhor incorporação dessa tecnologia à boa prática médica. “A expectativa é que a resolução sobre telemedicina seja publicada, liberando atividades que hoje são vedadas, como consultas e diagnósticos pela internet”, alertou.
Carlos Felipe lembrou que não está em discussão a importância e o futuro da telemedicina no atendimento da população, entretanto, a resolução traz mudanças que podem acarretar riscos para os pacientes. “Ela modifica o atendimento médico, pois termina a relação médico-paciente ao acabar com a possibilidade do exame físico. Ao mesmo tempo, acerta na questão das conferências médicas”, ponderou.
Para o deputado, o equilíbrio deve ser a base para a relação entre medicina e tecnologia. “Todo paciente deseja ser visto por um especialista. Precisamos da tecnologia e ela é de total importância em alguns procedimentos, mas não podemos nos tornar reféns dela”, alertou.
O parlamentar comentou ainda sobre a situação dos profissionais do programa “Mais Médicos”, que não conseguiram voltar para o seu país de origem. De acordo com ele, 82 médicos continuam no Brasil por não serem mais aceitos em Cuba. “São profissionais que serviram ao nosso País e agora estão em situação de miséria, pois não podem mais exercer a profissão aqui. Precisamos fazer algo a respeito”, declarou.
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