Para o parlamentar, a Previdência deve ser entendida como um pacto civilizatório em que as gerações que trabalham contribuem com as gerações que já trabalharam, porém a proposta apresentada não estaria “a favor da população”.
Ainda de acordo com Roseno, a proposta é danosa para muitas categorias, em especial para os professores e trabalhadores rurais. Em 2030, conforme acrescentou, a população de idosos será de 17%. "Agora, imaginem uma trabalhadora rural se aposentando com 60 anos e o trabalhador com 65”, frisou.
O deputado alertou ainda para o fato de que 173 dos 184 municípios cearenses têm arrecadação própria duas ou três vezes menor que os benefícios sociais. “Essa proposta é ruim para os mais pobres, para os professores, servidores públicos, mas, principalmente para os nordestinos. Ela não é solidária. Empobrece os mais pobres”, afirmou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) afirmou que a proposta destrói totalmente a economia. “Ela aumenta a desigualdade social do País, o que vai refletir no capital de vendas. Proponho que esta Casa apresente uma moção de repúdio”, salientou.
O deputado Soldado Noélio (Pros) disse que apesar de ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro, é totalmente contra o modelo de Previdência proposto. “Percebi que a grande maioria em Brasília não é favorável. No que depender de nós, vamos modificar esse cenário e humanizar a proposta”, declarou.
O deputado Guilherme Landim (PDT) pediu que os colegas deputados cobrassem dos representantes federais para que impeçam a aprovação da proposta, pois a população continuaria sendo penalizada.
“Colocar quem ganha dinheiro com banco para cuidar da economia brasileira? É botar raposa pra vigiar galinheiro”, avaliou.
Os deputados Walter Cavalcante (MDB) e Queiroz Filho (PDT) concordaram que a proposta precisa ser amplamente discutida.
LA/AT