Na avaliação do parlamentar, as ações não podem ser postas em prática somente após a ocorrência dos crimes. “A segurança não pode continuar apenas de forma reativa. Achar que policiamento ostensivo será a solução é engano”, comentou.
Ele ressaltou que, onde teve redução da violência no País, houve o controle e combate ao tráfico de armas, requalificação urbana e ações nos territórios mais vulneráveis. Além disso, defendeu mais diálogo com o Judiciário.
Renato Roseno informou ainda que, desde 2013, o Ceará ocupa lugar destaque no Brasil em relação ao número de homicídios. Além disso, os índices, que reduziram entre 2013 e 2016, voltaram a subir em 2017, tendo como principais vítimas os jovens.
Para Roseno, houve uma nova regionalização da violência. “Em nove estados nordestinos, oito estão entre os piores em número de assassinatos. É um novo cangaço”, avaliou. Ele lamentou que não tenha sido adotada nenhuma política nacional ou estadual para coibir o aumento nos índices.
O parlamentar chamou atenção ainda para o desmonte do Pacto Nacional de Redução de Homicídios e lamentou que as ações não sejam integradas. “Há apenas um conjunto de frases desconexas e investimentos em equipamentos e munição, para efeito de propaganda política”, criticou.
Renato Roseno defendeu ainda que o Governo trabalhe junto com as prefeituras para elaboração de investimentos de proteção e inclusão da juventude em atividades de educação, esportes, lazer e trabalho, evitando assim o recrutamento pelo narcotráfico.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) avaliou que há uma “apatia anorética” da Justiça no tratamento da criminalidade. “Os recidivantes dos crimes são soltos”, afirmou. Ele elogiou ainda investimentos feitos pelo Governo na segurança, como contratação de mais policiais.
JS/GS