A parlamentar informou que, como proposta de mandato, contribui com auxílio financeiro para aumentar a realização de biópsias. Segundo Fernanda Pessoa, a ideia é destinar parte de verba do Pacto de Cooperação Federativa (PCF) para instituições que cuidam de pessoas com câncer de mama. A medida também se aplica ao câncer de próstata a partir deste ano.
“Sabemos que o maior gargalo está na realização das biópsias que demoram a ser feitas na rede pública, justamente por falta de verba. Nosso primeiro requerimento, assinado por 33 deputados desta casa, é suficiente para realizar três mil biópsias. Nesse segundo requerimento, ampliamos para biópsias de câncer de próstata, o que foi endossado por 35 deputados desta Casa”, disse.
A parlamentar destacou a necessidade de o governador encaminhar a mensagem para votação. “E aproveito aqui para pedir ao governador um olhar mais sensível para com as pessoas com câncer de mama e próstata. Por isso, clamo aqui também pela sensibilidade da nossa vice-governadora”, pediu.
Fernanda Pessoa informou que nove entre 10 casos da doença, se descoberta em estágio inicial, têm chances de cura. E um terço da doença poderia ser evitada com ações e políticas públicas. “Por isso também estamos trabalhando para a inclusão de um novo medicamento pelo Sistema Único de Saúde para melhorar o tratamento das pacientes”, adiantou.
Ao mencionar dados nacionais, o parlamentar apontou que há mais de 10 anos não há novas inclusões de tratamento para câncer de mama metastático no Sistema Único de Saúde. Segundo ela, os novos tratamentos poderiam contribuir muito com a cura ou a melhoria de vida de milhares de pacientes.
“A inclusão de novas terapias e de novos medicamentos na rede pública de saúde para o tratamento do câncer de mama metastático é uma medida fundamental e de grande impacto para a qualidade de vida das pacientes”, defendeu. Além disso, acrescentou que o medicamento, associado a outras novas terapias, é mais eficaz e capaz de ampliar os efeitos positivos sobre as pacientes e evitar o problema do acesso desigual e a judicialização na saúde.
De acordo com a deputada, atualmente a Organização Mundial de Saúde sugere dezenas de medicamentos para o tratamento, e apenas 39 não são adotados pelo SUS. “O novo medicamento - o trastuzumabe - mudou a forma como o câncer de mama é tratado no mundo e consta na lista de medicamentos básicos para combater a doença”, citou. Conforme o deputado, o medicamento é ofertado desde 2012 pelo SUS, mas apenas para pacientes com câncer de mama inicial e localmente avançado.
Outro medicamento citado foi o pertuzumabe, desenvolvido, de acordo com Fernanda Pessoa, especificamente para tratar o câncer em sua fase mais avançada, que também tem obtido resultados eficazes.
LS/AT