Segundo o parlamentar, os dois secretários devem ser exonerados com base nas denúncias feitas pelo empresário Wesley Batista, da JBS. “O delator afirmou que o ex-governador Cid Gomes, juntamente com os secretários Arialdo Pinho e Antonio Bahlman, pediu R$ 20 milhões para a campanha de Camilo Santana nas eleições de 2014. A verba seria liberada após o Estado pagar R$ 110 milhões que devia à empresa de créditos tributários”, assinalou.
Para Heitor Férrer, a delação mostra que os secretários estão envolvidos de maneira evidente. “Cabe ao Governo do Estado afastá-los até que as investigações sejam encerradas. Peço o bom senso dos parlamentares e da Casa para aprovar o meu requerimento, que deve ser apreciado amanhã”, disse.
O deputado ressaltou que a delação do empresário da JBS é confirmada através de documentos. “Quando não tem eleição os incentivos são pagos em fevereiro. Em ano eleitoral, o Governo guarda a verba para pagar em julho. É direito das empresas receber esses incentivos, então o que foi feito pode ser classificado como extorsão”, apontou.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) classificou os irmãos Wesley e Joesley Batista, delatores, como “bandidos”. “Os delatores são réus confessos, chefes de quadrilha e conhecidos como 'irmãos metralha'. No caso da delação, é a palavra deles contra a palavra de Cid Gomes. Não podemos julgar o ex-governador com base na palavra desses irmãos”, frisou.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) enfatizou que desconhece qualquer improbidade dos irmãos Batista. “O certo é esperar as investigações e, com base nisso, julgar”, observou.
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