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Sérgio Aguiar comenta situação econômica do Brasil nos últimos anos - QR Code Friendly
Terça, 26 Junho 2012 13:36

Sérgio Aguiar comenta situação econômica do Brasil nos últimos anos

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Dep. Sérgio Aguiar (PSB) Dep. Sérgio Aguiar (PSB) Foto: Marcos Moura
O deputado Sérgio Aguiar (PSB) avaliou, nesta terça-feira (26/06), a situação econômica do Brasil, e a sua evolução ao longo dos últimos anos, desde a implantação do Plano Real. Ele destacou que é necessário corrigir alguns rumos, para que o País não perca a oportunidade de crescimento, notadamente com o fortalecimento do setor industrial e produção de tecnologia de ponta.

O parlamentar acentuou que entre 1994 e 1998, a estabilização promovida pelo Plano Real foi acompanhada de uma forte valorização da moeda brasileira. Escorada na taxa Selic real de 22% ao ano, o uso abusivo da âncora cambial desestimulou os projetos voltados para as exportações e promoveu um encolhimento das cadeias produtivas submetidas à concorrência de importações predatórias.

Segundo Sérgio Aguiar, em tais condições, o investimento direto estrangeiro foi dirigido à privatização dos setores não submetidos à concorrência externa, como telecomunicações e energia, com impacto negativo sobre as tarifas e, portanto, sobre os custos gerais da economia, afetando a competitividade da indústria brasileira.

Concentrados no setor de serviços, esses investimentos suscitaram um aumento do coeficiente de importações de bens de capital, peças e componentes. Ao contrário de períodos anteriores em que a complementaridade do investimento estrangeiro e das empresas nacionais públicas e privadas promovia o crescimento e a diferenciação simultânea dos setores de bens de consumo e de bens de capital, a pretensa modernização brasileira dos anos 1990 determinou o surgimento de uma estrutura industrial descontínua e atrasada.

O parlamentar lembrou que, em 2002, as eleições presidenciais foram realizadas sob um clima de terror especulativo. Os mercados e seus porta-vozes projetaram cenários apavorantes para os quatro anos de Governo Lula. O risco Brasil foi a 2.400 pontos-base, descolando da pontuação dos outros emergentes. A transição, para surpresa de muitos e decepção de outros, foi feita com habilidade e prudência.

Porém, de acordo com o deputado, todos os indicadores de vulnerabilidade externa melhoraram sensivelmente entre 2003 e 2009: caiu a relação dívida-exportação e as reservas alcançaram mais de US$ 350 bilhões. “As exportações brasileiras de commodities cresceram de forma impressionante, impulsionadas pela melhoria dos termos de troca”, frisou.

“Mais do que uma política industrial, concebida em termos restritos, o Brasil reclama um arranjo macroeconômico que promova a reindustrialização. Esse arranjo deve estar apoiado no potencial de seu mercado interno, nas vantagens competitivas do agronegócio e da mineração”, avaliou.
JS/LF

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 2579 vezes Última modificação em Terça, 26 Junho 2012 15:38

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