A parlamentar explicou que a iniciativa faz parte dos eventos alusivos ao Dia Mundial da Consciência LGBT, a ser comemorado no dia 28 de junho. Os eventos estão sendo organizados pela Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza. Além da Parada pela Diversidade Sexual, a programação, que teve início na semana passada, inclui diversas outras atividades artísticas e culturais. Amanhã (27), na Praça da Juventude da Serrinha, será realizada a Quarta Cultural LGBT, informou.
Eliane Novais chamou atenção para as dificuldades da sociedade ao lidar com as diferenças. Segundo ela, na escola “vemos o retrato do que temos na sociedade: apesar dos avanços – é ainda sexista, com forte cultura machista e com divisões de papeis pré-estabelecidos, a partir do sexo desde a infância”.
“É necessário que a escola e os educadores estejam preparados para equacionar as complexas questões que envolvem a identidade, o gênero, a sexualidade e até os insondáveis domínios da mente humana. Pais, professores e até os alunos, precisam ser preparados para aceitar e reconhecer as diferenças”, avaliou.
Para a deputada, a escola ideal deve proporcionar um ambiente democrático e honesto. Um espaço onde se possa debater com informações claras as questões ligadas à sexualidade e gênero. Ao citar o filósofo francês Edgar Morin, a socialista argumentou que não se trata de ensinar como ser gay ou lésbica ou bissexual ou travesti ou transexual, mas de ensinar que existem diferenças e que estas diferenças precisam ser respeitadas.
“E é nossa missão e obrigação, enquanto representantes do povo, brigar e assegurar que os LGBT não sejam excluídos de nenhum espaço da sociedade. Precisamos ser ofensivos no combate ao preconceito. Se não o fizermos, estaremos sendo coniventes com a violência simbólica, psíquica e física as quais os LGBT sofrem corriqueiramente”, observou. Ela salientou os altos índices de homofobia no Brasil e no Ceará, que é o 8º no ranking de estados mais homofóbicos.
Ao levar em conta as políticas públicas desenvolvidas pelo governo do estado e municípios cearenses, ela ressaltou, a contribuição que a AL tem dado, legislando em prol do combate ao preconceito sofrido pelos LGBT. A parlamentar comunicou, inclusive, que a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Casa, da qual é presidente, realizará uma audiência pública para debater as questões pertinentes ao movimento.
LS/AT