“É necessário que tenhamos teto e subteto, porque se não houver essa limitação o poder público vai ter dificuldade para honrar com o pagamento”, defendeu.
O parlamentar espera que a proposta não prossiga no Congresso Nacional, pois representa um perigo para as contas públicas, principalmente considerando “que tínhamos até pouco tempo atrás 16 milhões de pessoas na extrema pobreza que não ganhavam sequer 70 reais”. Nelson afirmou que embora tenha caído pela metade, ainda é grande o número de pessoas que vivem na miséria. “Oito milhões pessoas é quase a população do Ceará na extrema pobreza”, ponderou.
Na avaliação dele, o teto salarial hoje de R$ 26,7 mil, é suficiente para garantir uma qualidade de vida digna em qualquer lugar do mundo.
GREVE
Nelson Martins lamentou também o transtorno que a greve de motoristas e cobradores vem causando à população de Fortaleza, embora reconheça que a é um instrumento legítimo na defesa dos direitos dos trabalhadores. No entanto, ressaltou o esforço por parte da Prefeitura de Fortaleza, nos últimos anos, para assegurar que a qualidade do transporte pudesse melhorar e a tarifa permanecesse congelada.
Ele lembrou que antes da gestão petista, os parâmetros usados para a definição de custos pela prefeitura eram altos. Na gestão de Luizianne Lins, houve um realinhamento desses parâmetros para cálculo das tarifas, fazendo com que os reajustes fossem pequenos. “Portanto, acho que seria importante que se chegasse a um acordo em torno da proposta que foi apresentada, de 8,5% de reajuste salarial, e fosse resolvido o impasse, porque está causando transtorno à população”.
Em aparte o deputado Professor Pinheiro (PT) lembrou que na primeira gestão de Luizianne Lins o município devia alguns milhões ao setor empresarial de transportes e havia um preço da tarifa de ônibus acima do razoável. Desde então houve um maior controle o serviço público de ônibus, resultando “numa conquista para o trabalhador de Fortaleza, que passou a gastar um valor muito menor no transporte”, disse.
O deputado Idemar Citó (DEM) afirmou que os custos baixaram em razão da nova tecnologia, “minimizando” o valor das passagens. “Mas a prefeita tirou vários penduricalhos da passagem do ônibus, temos que reconhecer”, salientou, pedindo a sensibilidade dos trabalhadores em greve.
O deputado Fernando Hugo (PSDB) reforçou que os altos custos se deviam principalmente à tecnologia ultrapassada. “São essas melhorias tecnológicas que fazem com que tenhamos passagens equilibradas”, reiterou.
LS/CG