Segundo a parlamentar, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que mais de 1% da população tenha autismo. No Ceará, são cerca de 80 mil pessoas. “São milhares de cearenses que enfrentam barreiras como a discriminação na escola regular, no mercado de trabalho e dificuldades para receber atendimento em unidades de saúde”, comentou Fernanda Pessoa.
Na avaliação dela, “o Ceará ainda está despreparado para atender as necessidades e promover as potencialidades das pessoas com autismo”. Além disso, a deputada salientou a necessidade de organizar a rede pública de saúde para o atendimento a esse público.
Para a parlamentar, há necessidade de um atendimento multidisciplinar de qualidade, com neurologistas infantis, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, além de equipamentos especializados. “O ideal seria a criação de centros de saúde multidisciplinares, com médicos, dentistas e terapeutas para atender as pessoas com essa condição”, sugeriu.
Fernanda Pessoa lembrou que já existe uma Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Ela estabelece que autistas possuam os mesmos direitos de pessoas com outras deficiências. “Dessa forma, os autistas passam a ter direito a todas as políticas de inclusão do País, entre elas, as de educação. As crianças com autismo necessitam de um mediador escolar com ambiente adaptado, material e qualificação dos profissionais”, explicou.
De acordo com a deputada, o envolvimento e conhecimento das famílias é um fator importante para o desenvolvimento das pessoas com autismo e primordial no enfrentamento dos obstáculos sociais.
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