“Que a União devolva ao Ceará aquilo que tirou, quando incentivou por meio do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) a indústria automobilística e produtos da linha branca. Esse imposto é o principal componente do nosso FPE, uma das receitas importantes”, afirmou.
Conforme o parlamentar, com a nossa cota reduzida, “os estados do Sul e Sudeste continuaram gerando emprego e produzindo”. “Estamos num momento de seca, os desafios se avolumam, as receitas diminuem, o que nos leva a estender a mão para pedir à União, dizendo que temos esse direito. E, por temos crédito, somos solventes”, argumentou.
Segundo Roberto Mesquita, estimativas indicam que o Estado perdeu cerca R$ 1,5 bilhão, quantia que, na avaliação dele, deve ser compensada. O parlamentar lembrou que, na renegociação das dívidas da União com os estados, houve distinção entre regiões, beneficiando certos estados em detrimento de outros. “Aqueles estados (Sul e Sudeste) que devem mais, tiveram mais privilégios. Nós pobres que não devíamos, não temos nenhum tipo de cobertura por parte da União”, afirmou.
O deputado destacou a necessidade de os cearenses se unirem em razão de o Estado ter sido alijado nos últimos anos. “Precisamos nos unir, pois somos maltratados, pelos últimos governos, que alimentaram sonhos e nos deram calotes (como a Refinaria). Que estejamos unidos para cobrarmos do Governo Federal. Façamos coro para que a União nos compense.” Segundo ele, cerca de R$ 700 milhões da economia cearense foi colocada na Refinaria. “Que não veio."
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) e Audic Mota (PMDB) endossaram o pronunciamento, sobretudo em relação à falta de isonomia entre os estados. Carlos Felipe definiu a situação como “injusta”. Segundo ele, os estados do Nordeste perdem duas vezes porque não têm emprego e benefício fiscal. O deputado Audic Mota (PMDB) pontuou, no entanto o empenho de senadores peemedebistas aos estados do Nordeste, citando a “conquista” da renegociação da dívida rural.
LS/AT