Com a proposta, de acordo com o parlamentar, o ministro deixa claro que os recursos para a área estariam comprometidos e ficaria difícil manter e ampliar os serviços ofertados pelo SUS.
O parlamentar afirmou que o SUS tem melhorado bastante nos últimos anos. No Ceará, mencionou a implantação dos serviços especializados ao longo dos últimos dez anos. “E os resultados são expressivos, animadores e mostram que do governo Cid ao de Camilo Santana foi possível criar uma rede sólida de atenção especializada à população mais carente. Os serviços vão do atendimento odontológico, nos Ceos (Centros de Especialidades Odontológicas), com serviços nunca antes oferecidos aos mais pobres, aos de alta complexidade prestados por meio dos hospitais regionais”, disse.
Além do atendimento de urgência e emergência, inclusive nas vias públicas com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que existe em 132 municípios. “O que se faz nesse momento é uma avaliação da qualidade desses serviços, da identificação das suas fragilidades para num momento posterior iniciar as medidas complementares e suprir qualquer deficiência e chegar a um processo de excelência na prestação dos serviços”, explicou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) classificou a proposta do ministro “hipócrita porque ele não tem a coragem de dizer que o SUA está falido”. E emendou: “a proposta dele é ilegal porque fere a legislação do SUS e“despossuída de respeito à população”.
O deputado Carlomano Marques (PMDB) endossou às críticas, afirmando que ficou perplexo com a declaração do ministro. “A grande beleza do SUS é a universalidade. É tipo de declaração egoísta, pensamento mesquinho e reacionário que nenhum brasileiro pode acatar. Temos é que lutar é para que a mesma sofisticarão que existe para a alta complexidade venha para a média e pequena complexidade”, assinalou.
LS/AT