Segundo Capitão Wagner, os policiais não têm condições de enfrentar os bandidos, que estão cada dia mais armados e com vantagens em relação aos policiais. No caso desse tiroteio, o deputado explicou que os 10 bandidos utilizavam fuzis, enquanto os seis policiais precisavam se defender apenas com pistolas.
Capitão Wagner frisou ainda que o Estado não oferece sequer apoio psicológico aos policiais que passam por esse tipo de experiência. “Três policiais morreram e três sobreviveram. Um porque conseguiu fugir, mas os outros dois ainda foram feitos reféns dos bandidos e, com certeza, não terão condições de retornar às viaturas tão cedo”, ponderou.
O parlamentar cobrou ações efetivas do Governo para incrementar a segurança do Estado. De acordo com Capitão Wagner, o Batalhão de Choque possui um armazém de armas apreendidas de grosso calibre que poderiam reforçar a segurança dos policiais do interior do Estado.
A quadrilha de bandidos em questão, de acordo com Capitão Wagner, é a chamada “Família Pipoca”, conhecida em todo o município de Quixadá. De acordo com ele, a família possui ligações com os políticos locais, e chances de ocupar cargos públicos em futuras eleições. “Peço ao povo de Quixadá que não venda seu voto. Todo mundo sabe quem são os bandidos em Quixadá, e não podemos deixá-los chegar ao poder”, alertou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que se sente um covarde ao participar de um parlamento de um Governo “que conhece os criminosos e nada faz”. “Se esses bandidos estão envolvidos na política e nada fazemos, se temos uma CPI do narcotráfico e preferimos deitar em cima dela à investigar”, declarou.
Ely Aguiar (PSDC) considerou ainda que Governo do Estado está “perdido e mal assessorado em termos de Segurança Pública”. As armas de grosso calibre do Batalhão de Choque, conforme observou, devem ser imediatamente colocadas à disposição da Polícia, “pois a situação só se agrava e o Governo não resolve o problema”.
PE/AT