De acordo com o parlamentar, seriam 38 mil empregos diretos e 52 mil indiretos, aumento de renda por meio das oportunidades de negócio para a Capital e para o Interior. Além disso, melhorias infraestruturais nos serviços básicos de saúde, hospedagem, turismo, lazer e promoção do desenvolvimento econômico e social do Estado, mas hoje o que se tem é um prejuízo.
“Investimos em sonhos, imaginando que fazendo o nosso papel e aprovando leis para a implantação desse equipamento, veríamos sua implantação. Fomos traídos. Cerca de R$ 657 milhões em cálculos iniciais nos é devido em razão de obras. Essa renda poderia ser usada em tantas áreas no nosso Estado. Não podemos aceitar isso só como prejuízo político, mas sim econômico. Temos que ser restituídos”, cobrou o deputado.
Ainda de acordo com Sérgio Aguiar, a Secretaria de Infraestrutura junto a outros setores do Governo estadual está realizando um levantamento em parceria com o Tribunal de Contas do Estado do Ceará para apurar o valor gasto na Premium II e cobrar o ressarcimento da quantia investida.
As refinarias Premium I e II, que seriam instaladas no Maranhão e Ceará, respectivamente, geraram um prejuízo de R$ 3,8 bilhões, segundo assinalou. De acordo com a Petrobras, a suspensão dos equipamentos contabilizava uma perda de R$ 2,8 bilhões.
“Nos unimos em uma importante mobilização com todos os segmentos cearenses entrando na campanha pela Refinaria. Agora, sinalizam uma possível retomada deste projeto em 2017, mas em Minas Gerais. Enquanto a Agência Nacional do Petróleo defende a implantação do empreendimento no Triângulo Mineiro, com a alegação de que estaria mais próxima dos centros consumidores, faço uma contestação técnica e simples: a refinaria deve ficar próxima a um porto, como o do Pecém”, salientou o pedetista .
Em aparte, o presidente da Casa, deputado José Albuquerque (PDT) pediu aos demais parlamentares para se unirem à bancada nordestina da Câmara dos Deputados para cobrar o ressarcimento tanto do Ceará quanto do Maranhão.
“Percorremos varias regiões do nosso Estado, nos reunindo com empresários para adaptar suas empresas para os negócios que viriam com a refinaria. Mais uma vez, o Ceará não teve sorte. Agora, temos que continuar trabalhando, temos que unir à bancada do Nordeste, pois sequer os investimentos que fizemos foram pagos. O cearense nunca desiste na primeira pancada”, declarou o presidente.
Para o deputado Roberto Mesquita (PSD), o Ceará foi vítima de um “estelionato” perpetuado pelo ex-presidente Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff. “Nas duas ultimas eleições, eles garantiram que a refinaria viria. E esse assunto uniu a todos os cearenses. Foram quase R$ 700 milhões para receber esse investimento que seria um marco na nossa história. Nesse momento, não somos de partido algum, somos cearenses”, afirmou.
Por sua vez, o deputado Fernando Hugo (PP) disse que,desde o início, ficou de “orelha em pé” sobre o assunto. “Temos que cobrar nosso ressarcimento. O que o governo do PT fez com o Ceará é nojento”, repudiou.
LA/AT