Segundo ele, policiais ameaçaram as famílias sem qualquer ordem judicial, e nem estavam a serviço do Estado. O petista disse que as famílias conversaram com o governador e entraram em acordo no último dia 1º de junho.
Para o parlamentar, é inaceitável que um policial, pago pelos impostos arrecadados da população, em vez de garantir a segurança, venha “amedrontar as famílias". O petista afirmou que, mesmo sabendo que a ação não partiu do Governo, é necessário que se tomem providências.
Elmano Freitas também comentou a queixa-crime contra ele movida pelo secretário municipal, Prisco Bezerra, irmão do prefeito Roberto Cláudio, no Tribunal de Justiça. "Tudo que disse reafirmo. Há negociata na Prefeitura de Fortaleza. Ele é quem solicita os percentuais das negociatas”, acusou, pedindo a saída do secretário.
O petista destacou que a Assembleia Legislativa deve fazer a defesa do seus parlamentares no uso da tribuna da Casa. “Mas nós vamos fazer a nossa defesa e enfrentar aqueles que acham que detêm poder além do que têm efetivamente”, acrescentou.
O deputado Renato Roseno (Psol) reforçou a crítica à postura dos policiais envolvidos contra as famílias da ocupação Sem Medo. Ele caracterizou como um ato de constrangimento e disse que ocorreu de forma arbitrária e ilegal. “Esses atos devem ser responsabilizados, para, num tempo célere, ser garantido o direito à moradia”, disse.
O líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), comprometeu-se a conversar com o secretário de Segurança do Estado, Delci Teixeira, bem como com o comando da Polícia Militar e dar o retorno. “Vamos apurar o que de fato aconteceu”, assegurou.
A deputada Rachel Marques (PT) prestou solidariedade às famílias. “Nós não podemos aceitar esse tipo de ato e assegurar liberdade de expressão e reunião”, endossou.
O deputado Capitão Wagner (PR) observou que não acredita “que essa ação tenha ocorrido sem que haja determinação de alguém.” O parlamentar defendeu providências.
LS/AT