Segundo o parlamentar, o Governo do Estado e a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) decidiram, em reunião, que os medicamentos comprados pelos municípios seriam licitados pelo Estado. Apenas os municípios de Sobral e Fortaleza não concordaram em fazer parte do consórcio.
Ele afirma que esses medicamentos não foram enviados para as prefeituras. “O mais grave é que o estado do Ceará desconta, direto da fonte, no ICMS dos municípios, o valor em dinheiro, mas não está comprando e repassando esses medicamentos para os municípios. Já foi descontado até o mês de abril, e nada foi entregue”, afirmou.
Agenor Neto pediu que deputados da base do governo explicassem o motivo desse atraso. Ele disse ter feito o mesmo pedido em pronunciamento na semana passada, mas não recebeu resposta. “O cidadão do Interior sai do posto de saúde sem remédio e, com toda a razão, enfurecido. Mas culpa a Prefeitura, que não tem culpa. Por isso, é importante vocês saberem que os prefeitos não são os culpados. O culpado é único e se chama governador Camilo Santana”, apontou.
O deputado criticou ainda o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) por consumir R$ 500 milhões para administrar apenas três hospitais.
Em aparte, o deputado Carlos Matos (PSDB) afirmou que essa é uma situação preocupante e que ainda não viu uma política articulada que contemple os municípios do Ceará.
Já o deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que já se passou mais de um ano desde o início do mandato do governador, e os problemas na área da saúde continuam. Ele pediu que, caso o Estado esteja tendo dificuldades em fazer o repasse dos medicamentos, assuma e justifique essa dificuldade.
Também em aparte, o deputado Audic Mota (PMDB) afirmou ser grave a denúncia de atraso no envio dos medicamentos e criticou o Estado por comemorar uma promessa de liberação de R$ 36 milhões do Governo Federal antes do repasse ser concretizado.
FA/JU