O parlamentar citou a reunião que será realizada nesta terça-feira pelo Diretório Nacional do PMDB, em que será anunciada a ruptura do partido com a Presidência, e afirmou estar impressionado com a velocidade com que o governo vem perdendo seus partidos aliados.
“Enquanto isso, a população atravessa essa grave crise econômica junto a uma grave crise política. É nessa crise econômica que começa a corrosão da popularidade do governo. Grande parcela da sociedade está enojada pelo fato de que o PT repetiu a postura de tantos outros que estiveram no poder”, criticou Renato Roseno.
Ao analisar o processo de impeachment (impedimento) da presidente Dilma Rousseff, o deputado avaliou que o rito estaria se dando de forma errada, pois quem comanda todo o processo também está sendo investigado, assim como vários membros da comissão.
Para ele, trata-se de uma crise de legitimidade da política, em que somente a população pode solucionar o problema. “O que nos salvaria seria uma profunda reforma política, porém essa possibilidade sequer aparece em nosso horizonte”, lamentou.
Renato Roseno informou ainda que, nesta terça-feira, acontecerá a segunda audiência pública do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, na escola Ícaro Moreira, no bairro Bom Jardim. Na oportunidade, moradores e jovens da comunidade serão ouvidos sobre as causas da violência que tem tirado a vida de tantos jovens.
Em aparte, o deputado Zé Ailton (PP) lembrou que os partidos que agora entregam seus cargos fizeram parte dos erros e acertos do Governo Federal. Mas, como a popularidade caiu, viram as costas para a presidente. “É bom destacar também que a presidenta Dilma está sendo acusada pelas pedaladas, não por corrupção”, frisou o deputado.
A deputada Dra. Silvana (PMDB), por sua vez, discordou de que o rito do impeachment estaria sendo levado de forma errada e afirmou que, na queda da presidente, todos devem ajudar a recompor o País. O deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que a nação não tem mais condição de manter o tipo de política que vem sendo feito no Brasil. “Quis o destino que isso estourasse no governo Dilma, mas sabemos que precisamos de uma nova ordem e que esta só virá com novas eleições”, opinou.
O deputado Professor Teodoro (PSD) apontou como solução para a crise que atravessa o País a redução do patrimonialismo herdado dos portugueses.
LA/CG