O parlamentar citou alguns cargos e remunerações apresentados no edital: R$ 1.099,25 (20/h) para psicólogo, R$ 1.596,75 (20/h) para profissionais de Direito e R$ 1.858,31 (30/h) para profissionais de Serviço Social.
O deputado criticou a baixa remuneração, a falta de isonomia salarial entre alguns cargos e a terceirização dos profissionais, que vem aumentando com o passar das gestões. Ele enfatizou que essas práticas estimulam ainda mais a precarização do trabalho e do atendimento de todos os serviços públicos, resultando em desmotivação e queda na qualidade do serviço.
Segundo Renato Roseno, “a precarização dos vínculos custa caro para a população. O principal destinatário dessa política é o mais pobre, que já vive em enorme vulnerabilidade. A assistência social possibilita acessar direitos”.
O parlamentar informou ainda que será enviado um ofício à Setra para que o secretário reveja os termos do edital. Ele destacou também que, junto com o Conselho Regional de Psicologia e o Sindicado dos Psicólogos, faz um apelo à Secretaria Nacional de Assistência Social para que se posicione sobre o assunto.
O deputado enfatizou que se fala em investimentos como se estes fossem feitos apenas em obras. Mas, para ele, investir em educação, saúde e proteção social é mais importante. “O melhor investimento é em gente”, destacou.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) criticou o valor dos salários pagos, especialmente aos profissionais de Psicologia. “É desrespeitoso, um salário humilhante”, ressaltou. Para ela, a solução é um concurso, com bom salário, para que as pessoas se dediquem mais. A parlamentar destacou ainda que a terceirização não traz garantias aos trabalhadores.
JM/AP