O parlamentar esclareceu que há dez meses vem cobrando a assinatura do aditivo, sob pena de a obra não ser concluída. “Por conta dessas cobranças, tenho recebido recados de intimidação. Falaram-me inclusive que eu posso provocar a ira do secretário de Turismo, Arialdo Pinho”, disse.
Agenor disse que torce para que o convênio seja renovado. “Esse comportamento antidemocrático do secretário do Turismo, Arialdo Pinho, não me intimida. Não adianta mandar nenhum recado intimidatório”, disse o peemedebista. Ele lembrou que o convênio venceu no ano passado e há prazo até o final do ano para ser assinado o aditivo. De acordo com o parlamentar, o prefeito de Iguatu, ao buscar a assinatura do aditivo, foi barrado na Secretaria de Turismo.
Em aparte, o deputado Elmano Freitas (PT) disse que se trata apenas de aditivo de prazo, e seria inaceitável que uma cidade ficasse prejudicada por falta do aditamento. “Da minha parte, não tenho nenhuma concordância com esse procedimento. Isso é um absurdo. Espero que o governador chame o secretário à razoabilidade. Não se pode deixar que uma obra fique inconclusa dessa forma”, pontuou.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) considerou estranho ainda haver prática de recados de secretários do atual Governo. “Parece que voltamos à ditadura, em que políticos e artistas não podiam se manifestar. Parece que voltamos a viver isso. O secretário Arialdo Pinho tem que entender que a época do medo e da repressão já acabou. O Estado não é dele. Tem de respeitar um parlamentar desta Casa, que representa a população”, enfatizou.
O deputado Joaquim Noronha (PP) disse que é um defensor do Parlamento e que não é admissível um secretário não atender um simples pedido de um parlamentar e ainda mandar recado.
O deputado Audic Mota (PMDB) destacou o quanto é importante para as regiões e cidades um deputado que os represente. “Esse tema do aditivo passou a ser pequeno. A agressão a um deputado é muito mais grave. Temos aqui instrumentos que nos permite a fiscalização e a tomada de providências. Devemos convocar o secretário, para que ele se pronuncie sobre essa declaração”, sugeriu.
O deputado Capitão Wagner (PR) afirmou que a postura do secretário de querer prejudicar um município não é cabível. O deputado João Jaime (DEM) disse que o relato é grave. “Somos nós, os deputados, que fiscalizamos o Executivo. Temos que trazer as questões e debater para convocar os secretários, para esclarecer as questões". A deputada Fernanda Pessoa (PR) acrescentou que a situação de Iguatu se repete em Maracanaú. “Parece que a gente incomoda quando trabalha por um município”, pontuou.
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