Capitão Wagner frisou que, durante o processo eleitoral, Roberto Cláudio prometeu melhorias na saúde, com prioridade absoluta. “Diversos estudos, entretanto, apontam a rejeição da gestão da saúde pública por 70% dos cearenses”, acrescentou.
O parlamentar pontuou que o atual prefeito, quando candidato, prometeu 52 postos de saúde, seis policlínicas e 11 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). No entanto, a pouco mais de um ano do fim de seu mandato, “o cumprimento das promessas se arrasta mês a mês”. “Apenas três UPAs foram entregues, assim como apenas um posto de saúde foi construído. Quanto às policlínicas, ele prometeu inaugurar apenas uma no ano que vem”, informou.
Capitão Wagner ressaltou a importância de manter os hospitais já existentes, antes de construir novos. Também cobrou dos gestores municipal e estadual “mais responsabilidade na hora de fazer promessas ao cidadão”.
Em aparte, os deputados Danniel Oliveira (PMDB), Agenor Neto (PMDB) e Elmano Freitas (PT) concordaram com o parlamentar.
Danniel Oliveira afirmou que a gestão municipal reduziu em 30% a coleta de lixo. Agora, quer multar a população como forma de arrecadar. “É uma política desastrosa. Quem anda na periferia vê o descaso no tocante ao lixo”, disse.
Já o deputado Agenor Neto lembrou que sempre discursa em favor da saúde do Estado. “A bancada de oposição tem feito seu papel de forma contributiva, mas não adianta nada se o Governo não tem a visão de ouvir sugestões e fazer uma administração compartilhada”, observou.
O deputado Elmano Freitas disse que o prefeito utilizou a redução dos recursos para a saúde da União como argumento; um argumento que, segundo o petista, não se fundamenta. O parlamentar explicou que, em 2012, a União repassava para a pasta da Saúde da Prefeitura de Fortaleza R$ 712 milhões. Em 2014, esse valor subiu para R$ 767,8 milhões. “Ou seja, recebe, pelo menos, R$ 55 milhões a mais que a gestão anterior. Então é uma defesa que não se sustenta”, criticou.
PE/AT