“Acho que isso é substimar a inteligência da população, é fazer o povo de trouxa, e merece uma ação por parte do Ministério Público, porque é inaceitável que se trate a coisa pública dessa forma”, disse.
O parlamentar recordou que, logo após exigirem o novo tipo de extintor, o produto ficou em falta. “Houve uma verdadeira correria e, quando o carro era interceptado, o cabra já vinha com a caneta na mão para multar”, afirmou.
Ely Aguiar classificou a medida como “maracutaia” e levantou a hipótese de que o propósito seria “salvar” uma empresa ou até mesmo esquema político. “Só pode. E o povo, coitado, leva a pior”, disse.
Ao comentar a recente medida do Contran, o parlamentar disse que a justificativa para tornar opcional o uso de extintores é que hoje os carros dispõem de alta tecnologia e que a possibilidade de um incêndio é quase zero.
Em aparte, deputada Fernanda Pessoa (PR) destacou a coragem do parlamentar em questionar quem está ganhando com essas indecisões sobre o uso dos extintores. Ela ressaltou o sacrifício de muitas pessoas que tiveram que comprar o equipamento.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) lamentou que, muitas vezes, “cidadãos de bem”, que são multados por agentes de trânsito porque não estão em dia com os documentos, têm seus veículos confiscados, sem sequer ter como retornar a sua casa. “É necessário criar um mecanismo para garantir o transporte da pessoa pega em blitz para ir para casa”, disse, defendendo a necessidade de criar “uma lei para poupar o cidadão de bem”.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) endossou a hipótese de que haja interesses escusos em relação às mudanças na exigência dos extintores.
LS/CG