Para o deputado Roberto Mesquita (PV), o momento é de guerra e, por isso, é necessário ir para o enfrentamento. O parlamentar reconheceu que o Governo do Estado fez o que deveria ser feito, como a construção das adutoras, o Cinturão das Águas e a transposição do rio São Francisco, mas alertou para a atual situação de acúmulo de água no Ceará.
O deputado Odilon Aguiar (Pros) lembrou que o governador Camilo Santana sinalizou a aquisição de 22 máquinas perfuratrizes. Ele sugeriu que dentro dessa proposta fossem incluídos os consórcios para realização de convênios.
Já o deputado João Jaime (DEM) ressaltou que, mesmo que a transposição se concretize, com a possibilidade de o Ceará sofrer o sexto ano seguido de seca, a maior parte do Estado ainda terá prejuízos. Ele citou que as bacias que abastecem o Vale do Curu e Crateús estão com cerca de 5% de sua capacidade.
O deputado Renato Roseno (Psol) disse que os dados que o secretário expôs são de fato “estarrecedores”. O parlamentar criticou o modelo de desenvolvimento em curso no Estado, que, apesar de estar situado no semiárido, prioriza projetos que demandam grande consumo de água. Ele citou como exemplo “a termelétrica, que está consumindo mil litros de água por segundo”. Pelos dados da própria Coger, pontuou, “o consumo humano não é o responsável pela falta de água no Estado, mas a agroindústria”.
Já a deputada Dra. Silvana (PMDB) lembrou a campanha sobre o racionamento de água realizada pela TV e Rádio Assembleia, e pediu empenho do secretário na desburocratização da perfuração de poços em igrejas.
O primeiro secretário da Casa, deputado Sérgio Aguiar (Pros), disse que existe, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da AL, uma proposta em estudo solicitando a ampliação da área do estado do Ceará incluída no semiárido brasileiro. O parlamentar sugeriu ainda a inclusão do litoral norte e a serra da Ibiapaba na área de atuação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).
A deputada Rachel Marques (PT), por sua vez, reconheceu o trabalho realizado pelas duas secretarias e sugeriu uma parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a perfuração de poços profundos. O deputado Antônio Granja (Pros) disse estar muito preocupado com a estiagem, principalmente porque, segundo ele, a água do Castanhão está desaparecendo da noite para o dia.
DF/ WR