A parlamentar enfatizou que a escolha da data relembra o dia 18 de maio de 1973, quando Araceli Cabrera Sanches, uma menina de oito anos, foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta em Vitória (ES), por membros de uma tradicional família capixaba. Apesar de diversas pessoas terem testemunhado o crime, não houve denúncia, e o caso ficou impune. “Essa é uma realidade que precisamos enfrentar com políticas públicas e ações das instituições. Que passemos a refletir sobre essa situação”, defendeu.
Segundo Rachel Marques, enquanto presidiu a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Casa, observou uma realidade dramática que envolve essas crianças e as famílias. “É importante que a gente faça essas manifestações, lembrando à população que nos acompanha e à imprensa os danos que esses abusos podem causar”, ressaltou.
Ainda de acordo com a deputada, o Disque 100, responsável por receber denúncias sobre violações de direitos humanos, precisa ser mais divulgado. Na avaliação de Rachel Marques, além da adoção das políticas públicas, é preciso investir na conscientização da população.
A deputada avaliou que a violência ocorre pelo abuso e exploração sexual. Segundo ela, muitas vezes, esse abuso sexual é praticado por pessoas em quem a criança confia, seja um familiar ou quem exerce algum poder sobre ela. Já a exploração acontece por meio de troca financeira. “No estado do Ceará também existem redes criminosas (de exploração) e envolvem outros crimes, como o tráfico de drogas”, informou.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) comentou que as festas são os principais locais onde as crianças e adolescentes são explorados. A parlamentar também destacou o trabalho da Assembleia Legislativa no combate a essa prática durante a Copa do Mundo de 2014.
DF/GS