Carlomano Marques lembrou que, em recente entrevista, Carlile Lavor disse que iria a Brasília em busca de recursos para combater o sarampo. O parlamentar ressaltou uma afirmação feita na época, pelo secretário, afirmando e que “o Ceará é a capital do sarampo das Américas”. “Isso é uma afirmação gravíssima”, comentou o parlamentar.
De acordo com o deputado, há três mil casos de sarampo registrados no Ceará, enquanto nas demais cidades do Nordeste esse número não chegaria a 100.
O parlamentar rebateu o argumento de representantes da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) que, em audiência pública, explicaram que o surto de sarampo foi causado pela realização da Copa do Mundo de 2014, período em que muitos estrangeiros estiveram em Fortaleza. “E nas outras cidades nordestinas não houve Copa?” questionou.
O peemedebista também destacou relatório recente, apresentado pelo senador Eunício Oliveira (PMDB/CE), no qual consta que os repasses do Ministério da Saúde para a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado estão regulares. “Cai por terra a tese de que a saúde está doente porque o Governo Federal não faz os repasses”, avaliou Carlomano Marques.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) ressaltou a capacidade do secretário Carlile Lavor, como a criação dos agentes de saúde. “A possibilidade da saída de Lavor deixa uma intranquilidade para todos nós. A saúde faliu. Não há sequer uma linha para sutura ou luva nos hospitais de referência, e o secretário não pode ser responsabilizado por isso”, defendeu.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que a situação do secretário é insustentável, porque não há recursos para a saúde. Ele citou problemas no Hospital Regional do Cariri, como a fila para fazer exames e cirurgias. “Tem mulher que está aguardando há um ano para fazer uma biópsia de câncer. Quando chegar o resultado, não adianta mais”, comentou.
Já o deputado Welington Landim (Pros) lembrou que mortes já foram provocadas pelo sarampo e, por isso, defendeu a importância de debater o problema. Ele destacou a reunião feita com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta terça-feira (05/05), na qual foi estabelecido um prazo de 60 dias para erradicar a doença no Estado. “É preciso que todos levem os filhos para vacinar”, conclamou Welington Landim.
Welington Landim também defendeu que se avalie a gestão da saúde no Ceará, para saber se ela é feita de maneira eficiente. “Todo o dinheiro é carimbado. Não há sobra de recursos para investimentos extras”, ressaltou.
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