A parlamentar informou que, durante todo o dia, diversas mulheres grávidas procuraram o setor de emergência obstétrica da unidade. Entretanto, conforme informou a assessoria de comunicação do hospital, os serviços do setor foram suspensos por superlotação e incapacidade para atender à demanda adicional.
“As instituições de saúde são locais de acolhimento e, em um momento de aflição, não podemos simplesmente fechar a porta e dizer para uma gestante que ela não pode ser atendida porque o hospital não tem capacidade física de atender a demanda. Estamos lidando com vidas”, criticou Fernanda Pessoa.
Ainda segundo a deputada, o episódio não é um caso isolado, já que em janeiro deste ano a emergência do HGF ficou 48 horas sem receber novos pacientes, alegando o mesmo problema.
“A Secretaria de Saúde do Estado deve à população uma explicação sobre o que de fato está acontecendo”, cobrou a parlamentar, que solicitou dina que a pasta apresente soluções para a carência de profissionais, de equipamentos e aparelhos.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse estar preocupado com o atendimento médico no interior do Estado. “O que precisa ser feito no Ceará é uma reestruturação nos atendimentos obstétricos no Interior, para que os hospitais resolvam os casos de média complexidade. A Assembleia precisa assumir o compromisso de trabalhar junto ao Governo para trabalhar por mais recursos para as prefeituras do interior”, defendeu.
Também em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) salientou que o HGF é um hospital de referência no Estado e cumpre um papel importantíssimo no atendimento às gestantes de alto risco. “A nossa torcida é para que todo o sistema funcione adequadamente, para que não ocorra superlotação de um equipamento fundamental para as gestantes que tenham um quadro de alta complexidade”, afirmou a petista.
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