Segundo o parlamentar, o número de atendimentos “está limitado e ruim”. Alguns hospitais só atendem o servidor uma vez por mês e alguns não estariam recebendo repasse de dinheiro do governo.
Ely Aguiar citou o caso de um homem com pedra nos rins que só recebeu atendimento após passar por três hospitais, e o de uma senhora que teve que pagar mil reais para fazer um exame médico. Ele informou que entrou com um requerimento pedindo presença do secretário da Saúde na Assembleia para explicar a falta de repasse para hospitais e os demais problemas do Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec).
O deputado destacou que não entende “como o Governo pode querer aprovar financiamento público de campanha se não tem dinheiro para atendimento médico de urgência”.
Ele questionou se será criado um novo imposto para esse fim, e lembrou a criação da CPMF, que deveria ser usado na saúde, mas teve desvio de finalidade, enfatizou. Para o deputado, financiar candidatos traria muito impacto nas contas do País, lembrando que muitos municípios cearenses enfrentam problemas graves no abastecimento de água, por falta de recursos para investimentos. “O que existe é a ideologia do interesse. A população passa a ser um detalhe”, criticou.
Ely Aguiar afirmou ainda que o governo atual não pode colocar a culpa da corrupção apenas no governo de mais de 12 anos atrás. Para ele, “o problema não está nas siglas partidárias”.
JM/CG