A deputada republicana questionou a forma de debater e criar políticas públicas de convivência com a seca, sem que exista um órgão estadual focado no tema. “Essa Secretaria da Seca poderia nascer e absorver duas outras: a da Pesca e a de Recursos Hídricos. Ambas passariam a compor a estrutura da nova Secretaria de Políticas de Convivência com as Secas. Nos tempos de hoje, não existe como pensar uma reforma administrativa, sem colocar a problemática da seca em discussão e buscar soluções para uma melhor convivência com o evento”, avaliou.
Para a deputada, não basta ir a Brasília pedir apoio para aumentar a frota dos carros pipa e ampliar a perfuração de poços. “Precisamos pensar a seca assim como pensamos a saúde, a educação, a problemática das drogas, da segurança pública, da Assistência Social e tantos outros temas que merecem uma atenção especial nossa e uma visão sistêmica dos governos”, disse. A parlamentar defendeu a criação de uma pasta específica “que se ocupe, dia e noite, do assunto. Criar secretarias diferentes desses temas nos parece mais um arranjo da estrutura política para beneficiar e fortalecer aliados políticos”, assinalou.
Fernanda Pessoa destacou que os reservatórios hídricos do Estado apresentam bacias com menos de 2% de sua capacidade de armazenamento, o que traz repercussões não apenas na capacidade de abastecimento de água, mas também no fornecimento de alimentos. “A safra também é atingida, elevando os preços, e, na pior hipótese, na falta de alimentos nas cidades. A falta de água atinge também a saúde do nosso povo”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Tomaz Holanda (PPS) observou que a Cagece poderia passar a compor a Secretaria de Recursos Hídricos, deixando a de Cidades, pois envolve água. Outra proposta é em relação ao Metrofor, que passou a compor também à pasta de Cidades. “Fortaleza é a 5ª capital do País e as grandes cidades que têm metrôs possuem uma Secretaria de Transporte. Por que não se criou uma de Transporte?”, questionou.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) explicou que a reforma administrativa do Governo deve levar em conta as avaliações dos deputados. “O que pedimos é que se respeite e valorize nossas opiniões”, disse.
O deputado Carlos Matos (PSDB) afirmou que a vinda do governador Camilo Santana será uma “oportunidade boa” para discutir a questão do semiárido.
LS/AT