De acordo com Eliane, entre os motivos do pedido de interdição dos centros educacionais Cardeal Aloísio Lorscheider (Cecal) e Patativa do Assaré estão a superlotação, a falta de segurança interna e externa das unidades, a ausência de atividades inerentes ao processo socioeducativo e o quadro defasado e incompleto de socioeducadores.
Diante da situação, a parlamentar cobrou uma posição do governador, principalmente em relação às rebeliões que aconteceram no Centro Patativa do Assaré. Segundo Eliane Novais, foram 16 em 2014. Desse total, três só em novembro. A deputada lembrou ainda que está sendo construída um centro educacional no bairro Canindezinho, cujas obras estão paradas há mais de dois anos, e que se já estivessse pronto poderia estar evitando a lotação das outras unidades.
“Quero relatar aqui que o Poder Público vem cometendo graves violações de direitos humanos nessas unidades, pois não é a primeira vez que são interditados. O Ceará foi o estado brasileiro que recebeu mais denúncias na Plataforma de Direitos Humanos - Dhesca Brasil. A responsabilidade é do Poder Público”, afirmou Eliane.
A deputada também parabenizou o jornal O Estado pela sétima edição do caderno especial sobre adoção no Ceará. “Uma matéria que considero de bastante relevância, mostrando os avanços do processo de adoção no Ceará, além de trazer uma oportunidade impar para as crianças à espera de uma família”, elogiou.
Em aparte, o deputado Heitor Férrer (PDT) disse que o Estado, em vez de recuperar as crianças que estão nesses centros, está as desassistindo. “Essas crianças que estão em centros de recuperação deveriam estar em escolas de tempo integral no ensino fundamental, mas o Governo não priorizou isso e eles acabaram jogados à própria sorte nas ruas”, criticou.
LA/AT