Carlomano destacou que há cerca de 700 mil detentos, mais da metade da população carcerária, que estão presos sem nenhuma acusação formalizada. Enquanto isso, o Bispo Rodrigues, ex-deputado federal do PL, passou 32 dias preso por causa do desvio de dinheiro público, conhecido como o Caso das Sanguessugas. “Depois disso, Rodrigues reincidiu e foi apenado com seis anos e seis meses. Mas está agora em uma mansão, no Lago Sul em Brasília. Ele tem 10 estações de rádio e televisão. Isso é exemplo que o Poder Judiciário, dê a Nação”?, indagou o deputado.
De acordo com Carlomano, qualquer brasileiro, com um pouco de curiosidade política vai encontrar três símbolos da corrupção: “Ademar de Barros, com o slogan rouba mais faz. O segundo é Paulo Maluf, onde o PT inventou até o verbo malufar, sinônimo de roubo. E o terceiro é o ex-deputado Valdemar Costa Neto”.
Valdemar Costa Neto, segundo Carlomano, é muito mais corrupto do que o ex-deputado Roberto Jeferson. “Era do PL, se envolveu em um escândalo atrás do outro, se filiou ao PR, e mesmo condenado ainda está em liberdade por decisão do Supremo Tribunal Federal”. Apesar disso, conforme Carlomano, ele ainda negociou uma coligação em apoio à Dilma Rousseff.
Segunda ainda o deputado, por decisão judicial, estão soltos José Dirceu e Delúbio Soares, além de Valdemar e o Bispo Rodrigues. Prevendo ainda que possivelmente em 30 dias Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal, também estará livre.
Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) disse que é preciso se aprofundar na discussão sobre a história da corrupção do país que não é recente. Segundo ele, é fato que muitos “vigaristas e patifes” estão soltos, mas o debate é muito mais amplo. O deputado frisou ainda que é preciso deixar claro para a opinião pública os vários aspectos que envolvem determinadas posições do PT, citando como exemplo a decisão da sigla de expulsar filiados porque não seguiram a decisão tomada quanto a não participação do partido no colégio eleitoral que elegeu o presidente Tancredo Neves. Para Antonio Carlos, a decisão foi acertada já que havia uma orientação maior da sigla discutida com seus integrantes, e que foi descumprida pelos parlamentares expulsos.
JS/CG