Fernando Hugo destacou reportagem apresentada no último domingo pelo programa Fantástico, da rede Globo, que mostrou a realidade em hospitais públicos do País, onde pacientes ficam dias em corredores e são atendidos sem condições. “A maca, que, quando me formei, na década de 1970, era apenas para transportar pacientes, hoje tem outra serventia: é leito. Além das macas, tem pacientes encostados nas paredes e até no chão”, frisou.
O deputado relembrou a PEC 29, não aprovada em Brasília, que destinaria pelo menos 10% da receita bruta da União para a saúde pública. “A tragédia é verdadeira.”
O parlamentar defendeu mais recursos para a saúde e carreira dentro dos hospitais para os profissionais da área. “Médicos, enfermeiros, bioquímicos, laboratoristas, fisioterapeutas precisam ter uma profissão de carreira. Seja qual for o novo presidente da República terá que mudar a destinação orçamentária para a saúde”, ressaltou.
Em aparte, o deputado Lucílvio Girão (SDD) também criticou o repasse do SUS aos hospitais. “Mais de 10 hospitais em Fortaleza fecharam a porta por conta dos valores do repasse. Só temos o IJF para emergência, que fica no sufoco”, enfatizou. Lucilvio Girão afirmou que pelo menos um problema foi resolvido, a falta de medicamentos no Interior. “Soube que, semana que vem, o repasse dos remédios aos municípios será normalizado”, observou.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) questionou a falta de medicações básicas. “Eu tenho andado pelo Interior e ouvido que apenas 30% dos remédios têm sido enviados. Onde está o restante?”.
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