“Não sei quem foi mais irresponsável pela Copa no Brasil, a Fifa, o Brasil ou ambos. O Brasil ainda não resolveu seus problemas essenciais, estruturais e sociais para ter o privilégio de sediar uma Copa. O País tem, desde 2007, a responsabilidade de sediar essa Copa, e viramos motivo de gozação”, comentou Heitor.
O parlamentar ressaltou que as cidades que já sediaram copas possuem uma estrutura preparada para quem mora lá, com segurança em todas as áreas. “Tivemos sete anos e ainda estamos atrasados. Das obras previstas, apenas o Castelão está pronto. Até seu entorno é inexistente, assim como o aeroporto, o porto do Mucuripe, o veículo sobre trilhos, túneis, rotatórias, estações rodoviárias, nada pronto”, disse.
De acordo com o deputado, a Fifa solicitou apenas seis cidades-sede, mas, atendendo a uma “politicagem barata”, esse número foi ampliado para 12 cidades. “Perdemos nossa competência por brincar de ser o que somos. O questionamento envolve obras fora do estádio. Não era preciso ter Copa para elas existirem. Foi preciso a Fifa vir aqui dizer aos nossos administradores o que queriam e, de tudo isso, apenas o palco da bola está pronto”, declarou Heitor.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) lembrou que apenas as construções dos estádios são exclusivamente por causa da Copa. Já Augustinho Moreira (PV) afirmou que o País está crescendo, mas os brasileiros é que estão se apequenando.
LA/AT