O trabalho, intitulado de Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), teve como base a entrevista de 3.810 pessoas, residentes em 212 municípios, no período entre maio e junho de 2013. “Essa pesquisa é fundamental para que se possa chegar a um entendimento e constatar que ainda precisamos combater muito a questão da cultura machista, que é o que leva a essa questão da violência”, apontou Rachel.
De acordo com os dados da pesquisa, 65% dos entrevistados disseram concordar com a frase "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Para a deputada, o dado é bastante preocupante. “É algo inaceitável e que a gente precisa ainda trabalhar. Daí a necessidade de trazer esse debate aqui para a Casa, para que possamos discutir e combater a cultura machista”.
Para mudar essa situação, a parlamentar acredita no poder de campanhas de conscientização por parte do Estado, além da manutenção de garantias como a Lei Maria da Penha. “Mas não basta só isso, nós temos que interferir na cultura, além de campanhas, com debates, como a gente já está fazendo aqui na Assembleia Legislativa, com seminários, encontros e a adesão de homens também para enfrentar essa cultura”, apontou.
Rachel Marques destacou o trabalho desempenhado pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher e da Procuradoria da Mulher da AL.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) considerou que a sociedade brasileira ainda precisa evoluir muito nesse setor. “Colocar como uma das razões de assédios sexuais ou de estupros a forma de se vestir da mulher é um dos maiores absurdos que podem existir”, opinou.
RW/LF