De acordo com o parlamentar, o serviço de segurança não deveria ter sido cedido de forma gratuita. “Os policiais não receberão nada pela prestação desse serviço”, acentuou o deputado. Fernando Hugo salientou que o evento privado vai render muitos lucros aos seus organizadores, enquanto os servidores públicos não terão nenhum benefício.
O parlamentar lembrou que já há déficit de pessoal no policiamento do Estado, por isso a Policia Militar não deveria ceder graciosamente um contingente de aproximadamente 700 homens para que alguns organizadores lucrem com a apresentação artística.
Em aparte, o deputado Ely Aguiar disse que a segurança do Ceará é um “samba do crioulo doido”, porque mobiliza muitos policiais para um evento particular, enquanto o restante da cidade fica descoberto. “Fortaleza já ultrapassou o número de homicídios de São Paulo. Há um déficit de policiais e essa tropa é toda deslocada para um show. É lamentável”, disse.
O deputado Professor Pinheiro (PT) lembrou que, em jogo ocorrido no Paraná, entre Atlético Paranaense e Vasco da Gama, o policiamento não entrou no estádio, por ser evento particular, e houve uma pancadaria descontrolada nas arquibancadas. “A baderna só cessou quando a PM entrou em ação no interior da praça de esporte”, pontuou.
O deputado Welington Landim (Pros) acrescentou que policiamento nos estádios é da cultura brasileira. “O que aconteceu no Paraná foi entendido como resultado da falta de policiamento no interior do estádio”, frisou. O parlamentar salientou, contudo, que o tema deve ser mais bem debatido.
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